sexta-feira, 20 de abril de 2007

Depois de muito tempo, Dagoberto é tricolor


Depois de muita espera, o atacante Dagoberto finalmente terá um novo lar. Na tarde desta quinta-feira, o São Paulo confirmou a contratação do jogador de 24 anos, que assinou por cinco anos e será apresentado nesta tarde de sexta-feira. Dagoberto era um sonho antigo do Tricolor e o interesse tornou-se mais forte no segundo semestre do ano passado, quando o atleta passou a enfrentar problemas no Atlético-PR e exigia sua saída do clube. Porém a multa de rescisão do contrato estipulada em R$ 16 milhões dificultava o acerto. Como o valor abaixaria para R$ 5,4 milhões após 31 de março de 2007, o São Paulo optou por aguardar até esta data.

Neste período, Dagoberto foi afastado do time principal do Atlético-PR, integrou o time B, que disputou o início do Paranaense, e mesmo nesta formação foi preterido em algumas oportunidades. Irritado, o jogador faltou em treinamentos sem dar justificativa e irritou de vez a alta cúpula do Furacão. Isso mostrou que ele estava mesmo querendo jogar no São Paulo Futebol Clube.Nos meses que se seguiram, o jogador pouco atuou e ficou praticamente encostado nas últimas semanas, esperando o valor da multa cair. Na quarta-feira, o atleta pagou os R$ 5,4 milhões de rescisão, ganhou os direitos federativos e rapidamente acertou com o São Paulo, onde terá a chance de reencontrar o atacante Aloísio, com quem atuou no Furacão.

Os preparadores físicos e médicos do São Paulo ficaram preocupados pelo tempo que ele está sem jogar. No CT da Barra Funda, dezenas de câmeras e vários dirigentes cercaram o jogador, de 24 anos, que até a semana passada era xingado nas ruas de Curitiba por estar em litígio com o Atlético-PR. “Eu não podia ir ao shopping sem ser hostilizado pelos torcedores, que acreditavam pelo que a diretoria dizia. Apesar de não jogar há muito tempo, estou bem fisicamente. Em 2007, só me escalaram por dez minutos minutos no dia 19 de janeiro Me colocaram em campo só para a torcida me xingar”, reclamou Dagoberto, que sofreu nos últimos meses. Seu antigo clube não o liberou e o caso foi resolvido na Justiça do Trabalho. O Atlético-PR promete novas ofensivas.

“Saí da turbulência e cheguei ao paraíso”, disse Dagoberto, enquanto Carlos Augusto de Barros e Silva, vice-presidente de futebol, cutucava Júlio Casares, diretor de marketing. Ambos sorriram orgulhosos, quando ouviram o jogador dizer que sempre sonhou em defender o São Paulo, time que considera ser o “top no Brasil”. Em meio a diversas críticas ao Atlético-PR, Dagoberto revelou que os dirigentes paranaenses seguem guardando mágoa dos paulistas. Afinal, também após briga judicial, o São Paulo já havia tirado Aloísio do Rubro-Negro de Curitiba. Além disso, muitas foram as trocas de farpas entre são-paulinos e atleticanos na final da Copa Libertadores de 2005, vencida pelo Tricolor. “Tenho certeza que se eu estivesse negociando com outro clube, tudo teria se resolvido antes. Lá no Paraná, eles diziam que eu podia ir para qualquer clube, menos para o São Paulo”, lamentou o jogador, que viu sua transferência virar uma longa novela, com duração de aproximadamente nove meses.

Após o final feliz, Dagoberto agora aguarda o início do Campeonato Brasileiro e sua inscrição na Copa Libertadores a partir das oitavas-de-final. O São Paulo ainda precisa de um empate com o Audax Italiano, quarta-feira, no Morumbi, para se classificar. Nas finais do Campeonato Paulista, Dagoberto não pode atuar. As inscrições já se encerraram. O problema da contratação de Dagoberto já foi resolvido, agora o problema está nas mãos do técnico Muricy Ramalho, que tem Aloísio, Leandro, Marcel, Borges e agora Dagoberto. Provavelmente o São Paulo poderá jogar num 3-4-3. Assim caberia 3 atacantes, mas se fosse esta tática o que fazer com os ótimos laterais Ilsinho e Jadílson? Este problema de Muricy Ramalho é bom para o São Paulo, pois terá um time pra Libertadores e outro pro Brasileirão.

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