“O Nilmar não quer ficar até o fim do ano porque acha que vai ter polêmica e ele está cansado disso. Ele quer acabar logo e sair já, mas acho que o impasse não vai parar por aí. O jogador acha que pode dar prosseguimento ao tratamento dele em outro lugar. Não quer mais tanta fofoca, que é uma coisa negativa”, afirmou.
O empresário do jogador criticou a postura tomada por um dos advogados contratados pelo Corinthians para cuidar do caso, Heraldo Panhoca. “Tínhamos feito um acordo em que o Nilmar abria mão de US$ 1,6 milhão e ficaria até junho. No dia de homologar o acordo, o Panhoca vetou e o clube aceitou. Não sei o que ele tem contra o Nilmar”, alfinetou.
O acerto entre Timão e os representantes de Nilmar no começo do ano estipulava que o atleta abriria mão de parte do que tinha a receber para poder sair no meio do ano. Porém, na semana que antecedeu a contusão do atacante, o Corinthians desistiu de formalizar o acordo. O Timão possui uma liminar que garante a permanência do jogador até o fim do ano e na semana passada tentou entrar em acordo com Orlando da Hora para confirmar o atacante até dezembro, sem briga na Justiça.
“Eles queriam que o Nilmar ficasse até o fim do ano, seguindo o que o Panhoca falou. Eles estão acreditando na liminar, mas é plausível derrubar a liminar. Ela só vai prejudicar o Corinthians na Fifa porque mostra que o clube não quer pagar o Lyon mas quer o jogador. Isso é apropriação indébita. Eles não querem pagar o Lyon e nem o Nilmar”, afirmou.
O atacante voltou nesta semana a São Paulo depois de passar por cirurgia para reconstituir o ligamento cruzado do joelho esquerdo. Foi a segunda grave lesão do atleta em menos de um ano. Em julho de 2006, o jogador sofreu o mesmo tipo de contusão, mas no outro joelho.
“O Nilmar está abalado, esses problemas estão influenciando. Não sei se ele teria confiança para correr novamente pelo Corinthians, pois ficaria com receio de nova contusão. Ele me pediu para resolver de uma vez porque não vai morrer de fome se ficar sem clube. Para seguir até dezembro, o Corinthians tem de cumprir o que deve. Mas o Nilmar também não se sente bem de ficar recebendo sem jogar. Eles falaram que não queriam deixá-lo desamparado”, comentou o empresário, que, mesmo com o imbróglio, elogiou a postura de Duprat e Amoretty, além da do presidente Alberto Dualib.
Apesar de afirmar que o jogador espera seguir seu tratamento em outro lugar, o empresário negou que haja a disposição em utilizar a infra-estrutura de qualquer outro clube, como Santos ou São Paulo. “Ele vai para uma clínica, pois respeitamos o Corinthians. As outras equipes podem até oferecer, mas não vamos aceitar”, finalizou.
Em janeiro, a Fifa condenou o Timão a pagar 8 milhões de euros ao Lyon pelo atleta, mas o clube paulista recorreu à Corte Arbitral do Esporte, na Suíça. A decisão da entidade só deverá ser conhecida no segundo semestre.
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